sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

 
 
Universidade Federal de Roraima
Centro de Educação
Departamento de Pedagogia
Curso de Licenciatura em Artes Visuais
 
Disciplina: Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicada a Educação
Professora: Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Componentes:  Andrea de Lima Siqueira e Acsa ribeiro da Silva
  
 
USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NAS ESCOLAS ESTADUAIS
SÃO JOSÉ e FRANCISCA ÉLZIKA
 

Introdução
 
Este trabalho tem como objetivo averiguar como os laboratórios de informática funcionam nas Escolas Estaduais São José e Francisca Élzika.
A Gestão da Escola São José, bem como a Professora responsável pelo Laboratório de Informática do turno vespertino, foi receptiva a essa pesquisa. Entretanto, na Escola Francisca Élzika, não obtivemos o mesmo sucesso, nos sentimos preteridas. A presença da acadêmica Acsa e sua necessidade de obter informações a respeito do funcionamento do laboratório de informática daquela escola foi um constante incômodo à escola e, por isso não nos sentimos mais à vontade para permanecer naquele recinto.
De ante desse fato nos sentimos obrigadas a explorar melhor as informações obtidas na Escola São José a respeito do laboratório de Informática.
 
Relatório
 
        No início da atividade foi definido em sala de aula que o trabalho seria em dupla, Andrea de Lima Siqueira e Acsa Ribeiro, com o tema Uso das TIC`S no Ensino das Artes em Escolas do Ensino Fundamental II que após a pesquisa teve o tema modificado para Uso dos Laboratórios de Informática nas Escolas Estaduais São José e Francisca Élzika, na presença da professora-orientadora Teresa Kátia, foi definido que trabalharíamos com duas escolas estaduais: São José e a Francisca Élzika, a primeira localizada no Bairro Centro e a segunda no Bairro Mecejana. A idéia era fazer um paralelo no funcionamento dos laboratórios de informática.
Na primeira escola, após a carta de apresentação da acadêmica, a gestão escolar a encaminhou à Prof. Fabiana, Coordenadora do Laboratório de Informática do turno Vespertino. Nesse encontro foi possível conseguir as informações necessárias sobre o referido laboratório para compor a pesquisa.
Foi detectado que a professora que mais freqüenta o Laboratório de Informática, no turno vespertino, é a professora da disciplina de História. Essa informação foi obtida através do acesso ao livro de agendamento de horário.Quanto à disciplina Ensino de Artes, não foi detectado nenhum agendamento este ano.
A sala onde funciona o Laboratório não é das mais agradáveis, além das dezenove máquinas e uma impressora destinada apenas aos trabalhos do laboratório, ficamos sem resposta se as impressões eram de cunho estudantil ou de professores. Há cadeiras de madeira no centro da sala, uma TV pen-drive esquecida num canto da sala que tem uma climatização precária e uma iluminação inadequada.
Outra observação desconcertante foi perceber que o corpo discente e docente tem acesso facilitado às redes sociais, o que pode trazer alguns problemas para a escola ou não dependendo de como é utilizada, mas ao que podemos salientar é que o acesso é livre. Não há uma restrição.
Quando uma professora de disciplina específica agenda um determinado horário, a coordenadora deveria cuidar das máquinas e interditar acessos à
internet indevidos executados pelos alunos, mas confirma-se a sua ausência quando os discentes são flagrados em situação de distração (sites de jogos).
Quanto à Escola Estadual Francisca Élzika, no Bairro da Mecejana, tivemos problemas que poderiam prejudicar nosso trabalho.
A acadêmica Acsa sugeriu esta escola por ter participado do PIBID em Artes Visuais e do Estágio Supervisionado III, mas não imaginou que poderia ser-lhe negado uma pesquisa sobre o Laboratório de Informática. Mesmo apresentando documento necessário à autorização, não obteve resposta positiva da gestão e, menos ainda, do Coordenador do Laboratório de Informática.
Num segundo momento, pensamos em escolher outra escola. Mas, entendemos que, uma resposta negativa, é uma resposta. Ainda que não atenda às nossas necessidades de pesquisa, mas é importante entender o porquê da negativa de informação. Por que não expor o que acontece e/ou como acontece o funcionamento do Laboratório de Informática, quando de repente podem estar desenvolvendo trabalhos fantásticos e poderiam divulgá-los ou, simplesmente, não funcionam. Infelizmente não nos foi disponibilizado nenhuma informação desta escola.   
 Poderíamos ter procurado outra escola para conhecer o funcionamento do Laboratório de Informática considerando que tivemos tempo hábil para isso, mas seria correto buscar um resultado positivo ou menos positivo sem questionar o porquê de um atendimento negativo? A escola não deveria ser aberta à qualquer cidadã(o) e/ou pesquisador(a) que desejasse conhecer seu funcionamento? A qualidade de seus serviços? A escola pública como a privada também atende clientes, pagamos impostos para que ela funcione e funcione bem. Contudo optamos por não ficar escolhendo a melhor escola e/ou o melhor serviço do Laboratório de Informática, que deveria ser compromisso de toda e qualquer escola seja da esfera municipal ou estadual (que é o nosso caso), é como cidadãs que aproveitamos para registrar nossa indignação.

Considerações Finais
 
        Durante nossa pesquisa e, durante alguns estágios supervisionados, freqüentamos escolas, cujo interior era obscuro, interditando a certeza de uma educação verdadeiramente integral.
Não é difícil encontrar na parede ou no mural de uma escola sua missão ao afirmar que sua “missão é formar cidadãos conscientes”, ficamos a nos perguntar: Como se forma um Cidadão Consciente sem informação? Sem acesso adequado ao letramento e, menos ainda, alfabetizá-lo na utilização das novas tecnologias-mídias que existem para nos auxiliar? É possível educar um aluno quando o professor não tem conhecimento para tal feito?
Quando o sistema escolar admitir que está em crise; quando os professores perceberem que seus conhecimentos estão obsoletos e que os alunos não se moldam mais “como era antigamente”, talvez a forma de ensinar-aprender-apreender seja repensada.
A própria escola deveria ser um grande laboratório de conhecimento, de experimentos. Não deveriam ocultar suas fragilidades, mas apresentá-las, mesmo quando algo dá errado tem-se tempo para (re)discutir e corrigir. Quanto mais expostos, mais provoca reflexão. A escola não é perfeita, seus professores também não, podemos cometer enganos e, como todo ser humano podemos corrigi-los.
A escola pública é um celeiro de informações, de aprendizagem, de encontro de pessoas e de trabalho. Trabalhos que podem transformar uma comunidade, mudar comportamentos, reformular pensamentos, enfim um ajuri (mutirão) intelectual com vocação para novas descobertas, novas condutas e novas tecnologias.
 
Referências
 
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual São José, versão 2011.
 

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