Universidade Federal de Roraima
Centro de Educação
Departamento de Pedagogia
Curso de Licenciatura em Artes Visuais
Disciplina:
Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicada a Educação
Professora:
Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Componentes: Andrea de Lima Siqueira e Acsa ribeiro da Silva
USO
DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NAS ESCOLAS ESTADUAIS
SÃO
JOSÉ e FRANCISCA ÉLZIKA
Introdução
Este
trabalho tem como objetivo averiguar como os laboratórios de
informática funcionam nas Escolas Estaduais São José e Francisca
Élzika.
A
Gestão da Escola São José, bem como a Professora responsável pelo
Laboratório de Informática do turno vespertino, foi receptiva a
essa pesquisa. Entretanto, na Escola Francisca Élzika, não
obtivemos o mesmo sucesso, nos sentimos preteridas. A presença da
acadêmica Acsa e sua necessidade de obter informações a respeito
do funcionamento do laboratório de informática daquela escola foi
um constante incômodo à escola e, por isso não nos sentimos mais à
vontade para permanecer naquele recinto.
De ante desse fato nos
sentimos obrigadas a explorar melhor as informações obtidas na
Escola São José a respeito do laboratório de Informática.
Relatório
No
início da atividade foi definido em sala de aula que o trabalho
seria em dupla, Andrea de Lima Siqueira e Acsa Ribeiro, com o tema
Uso das TIC`S no Ensino das Artes em Escolas do Ensino Fundamental II
que após a pesquisa teve o tema modificado para Uso
dos Laboratórios de Informática nas Escolas Estaduais São José e
Francisca Élzika,
na
presença da professora-orientadora Teresa Kátia, foi definido que
trabalharíamos com duas escolas estaduais: São José e a Francisca
Élzika, a primeira localizada no Bairro Centro e a segunda no Bairro
Mecejana. A idéia era fazer um paralelo no funcionamento dos
laboratórios de informática.
Na
primeira escola, após a carta de apresentação da acadêmica, a
gestão escolar a encaminhou à Prof. Fabiana, Coordenadora do
Laboratório de Informática do turno Vespertino. Nesse encontro foi
possível conseguir as informações necessárias sobre o referido
laboratório para compor a pesquisa.
Foi
detectado que a professora que mais freqüenta o Laboratório de
Informática, no turno vespertino, é a professora da disciplina de
História. Essa informação foi obtida através do acesso ao livro
de agendamento de horário.Quanto
à disciplina Ensino de Artes, não foi detectado nenhum agendamento
este ano.
A
sala onde funciona o Laboratório não é das mais agradáveis, além
das dezenove máquinas e uma impressora destinada apenas aos
trabalhos do laboratório, ficamos sem resposta se as impressões
eram de cunho estudantil ou de professores. Há cadeiras de madeira
no centro da sala, uma TV pen-drive
esquecida num canto da sala que tem uma climatização precária e
uma iluminação inadequada.
Outra
observação desconcertante foi perceber que o corpo discente e
docente tem acesso facilitado às redes sociais, o que pode trazer
alguns problemas para a escola ou não dependendo de como é
utilizada, mas ao que podemos salientar é que o acesso é livre. Não
há uma restrição.
Quando
uma professora de disciplina específica agenda um determinado
horário, a coordenadora deveria cuidar das máquinas e interditar
acessos à
internet
indevidos executados pelos alunos, mas confirma-se a sua ausência
quando os discentes são flagrados em situação de distração
(sites
de jogos).
Quanto
à Escola
Estadual
Francisca Élzika, no Bairro da Mecejana, tivemos problemas que
poderiam prejudicar nosso trabalho.
A
acadêmica Acsa sugeriu esta escola por ter participado do PIBID em
Artes Visuais e do Estágio Supervisionado III, mas não imaginou que
poderia ser-lhe negado uma pesquisa sobre o Laboratório de
Informática. Mesmo apresentando documento necessário à
autorização, não obteve resposta positiva da gestão e, menos
ainda, do Coordenador do Laboratório de Informática.
Num
segundo momento, pensamos em escolher outra escola. Mas, entendemos
que, uma resposta negativa, é uma resposta. Ainda que não atenda às
nossas necessidades de pesquisa, mas é importante entender o porquê
da negativa de informação. Por que não expor o que acontece e/ou
como acontece o funcionamento do Laboratório de Informática, quando
de repente podem estar desenvolvendo trabalhos fantásticos e
poderiam divulgá-los ou, simplesmente, não funcionam. Infelizmente
não nos foi disponibilizado nenhuma informação desta escola.
Poderíamos
ter procurado outra escola para conhecer o funcionamento do
Laboratório de Informática considerando que tivemos tempo hábil
para isso, mas seria correto buscar um resultado positivo ou menos
positivo sem questionar o porquê de um atendimento negativo? A
escola não deveria ser aberta à qualquer cidadã(o) e/ou
pesquisador(a) que desejasse conhecer seu funcionamento? A qualidade
de seus serviços? A escola pública como a privada também atende
clientes, pagamos impostos para que ela funcione e funcione bem.
Contudo optamos por não ficar escolhendo a melhor escola e/ou o
melhor serviço do Laboratório de Informática, que deveria ser
compromisso de toda e qualquer escola
seja da esfera municipal ou estadual (que é o nosso caso), é como
cidadãs que aproveitamos para registrar nossa indignação.
Considerações Finais
Durante
nossa pesquisa e, durante alguns estágios supervisionados,
freqüentamos escolas, cujo interior era obscuro, interditando a
certeza de uma educação verdadeiramente integral.
Não
é difícil encontrar na parede ou no mural de uma escola sua missão
ao afirmar que sua “missão é formar cidadãos conscientes”,
ficamos a nos perguntar: Como se forma um Cidadão Consciente sem
informação? Sem acesso adequado ao letramento e, menos ainda,
alfabetizá-lo na utilização das novas tecnologias-mídias que
existem para nos auxiliar? É possível educar um aluno quando o
professor não tem conhecimento para tal feito?
Quando
o sistema escolar admitir que está em crise; quando os professores
perceberem que seus conhecimentos estão obsoletos e que os alunos
não se moldam mais “como era antigamente”, talvez a forma de
ensinar-aprender-apreender seja repensada.
A
própria escola deveria ser um grande laboratório de conhecimento,
de experimentos. Não deveriam ocultar suas fragilidades, mas
apresentá-las, mesmo quando algo dá errado tem-se tempo para
(re)discutir e corrigir. Quanto mais expostos, mais provoca reflexão.
A escola não é perfeita, seus professores também não, podemos
cometer enganos e, como todo ser humano podemos corrigi-los.
A
escola pública é um celeiro de informações, de aprendizagem, de
encontro de pessoas e de trabalho. Trabalhos que podem transformar
uma comunidade, mudar comportamentos, reformular pensamentos, enfim
um ajuri
(mutirão) intelectual com vocação para novas descobertas, novas
condutas e novas tecnologias.
Referências
Projeto
Político Pedagógico da Escola Estadual São José, versão 2011.